O PODER DA MÍDIA: RÁDIO E TV.
I - Conceituação de Poder
“Por poder entende-se cada oportunidade ou possibilidade existente numa relação social que permite a um indivíduo cumprir a sua própria vontade”.
(Max Webber, Conceitos Básicos de Sociologia).
Poder é a maior ou menor capacidade unilateral ou potencial de produzir mudanças significativas, tipicamente sobre a vida de outras pessoas, através de ações realizadas pelo próprio ou através de terceiros.
II – O Poder e a Comunicação
O poder através da comunicação de massa é utilizado pelas classes dominantes e Estados como aparelhos ideológicos.
Até a década de 80 a comunicação servia aos governos UTILITÀRIOS.
O rádio e a televisão, ou omitiam notícias devido à censura, ou aliando-se aos governos totalitários transmitiam as notícias que esses governos desejavam transmitir.
Após 1980, acontecimentos políticos determinaram uma mudança na mídia:
- No mundo, a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética significam que se extinguia o último regime antidemocrático.
- No Brasil, ocorre o fim do regime militar, e o governo passa para as mãos dos civis.
Essas mudanças levaram a mídia a um novo posicionamento: A comunicação dentro de uma perspectiva democrática.
Entretanto essa perspectiva democrática da mídia deixa dúvidas.
Hoje existem diferentes mídias devido a concentração de capital e economia. Assim são formados os grandes conglomerados de comunicação dirigidas pelo poder do dinheiro. Um exemplo é a “Rede Globo”. As mídias hoje também servem aos governos para garantir a sua sustentabilidade.
A contradição sobre a democratização da mídia se centraliza na seguinte situação:
Hoje há uma grande acessibilidade às mídias, providenciado pelo capitalismo, principalmente o acesso em massa à televisão e ao rádio. Entretanto, esse acesso é controlado por Agências Reguladoras do Estado e das próprias empresas que o possuem.
Embora a comunicação tenha se democratizado, nas últimas décadas, (perspectiva neoliberal de democracia), possibilitando observar criticamente os governos, a troca de saberes e entretenimento, ainda existe a possibilidade de controle, que aniquila a proposta democrática e continua transmitindo conteúdos ideológicos.
As pessoas são transformadas em simples receptores de mensagens procedentes as força dominante.
Exemplo:
- No Brasil, na época da ditadura militar, o direito à informação era cerceado pela repressão.
- No Brasil, após a redemocratização, o cerceamento é praticado pela força do dinheiro.
Essa situação é citada no Livro de Comunicação e Poder de Pedrinho Guareschi:
“Escravos na Era da Liberdade”
“Tremiam no túmulo os ossos da Princesa Isabel, Simon Bolívar e outros grandes Libertadores de Escravos. Estes abolidores jamais imaginavam a possibilidade de uma escravidão mental, na qual toda a massa seria inconscientemente manipulada”.
III – O Papel do Rádio no Pensamento Político
Antes do aparecimento da televisão, o rádio cumpria a função de propagar ideais políticos de líderes autoritários que buscavam reforças sua imagem através dessa mídia.
Assim temos, nas décadas de 30 e 40 no Brasil, o rádio servindo aos propósitos populistas do presidente Getulio Vargas. Seus discursos reuniam em volta do aparelho milhões de brasileiros, que com a programação voltada a atender os interesses do governo faziam propaganda política e apresentavam uma imagem construída do líder populista.
A Voz do Brasil, programa de caráter nacional criada por Getulio Vargas é uma prova da utilização política do rádio.E, sendo um instrumento de massa, atingia seus propósitos.
No mundo ocorria o mesmo. Através do rádio, Hitler discursava e convencia o povo sobre seus “ideais humanísticos e democráticos”. Através dos meios de comunicação, entre outros meios, Hitler convenceu o povo alemão a se unir e a lutar pela superioridade alemã. Na realidade, havia um setor de propaganda cuja finalidade era reproduzir, principalmente através do rádio, a imagem positiva do governante nazista.
E, dessa forma o rádio foi utilizado pelos grandes líderes: Hitler, Mussolini, Getulio Vargas, Lênin, Stalin, e outros que utilizaram a mídia como forma de manipulação da massa.
IV – A Televisão, Outra Forma de Contaminar a Cultura.
A televisão é um pólo ativo do processo de seleção e divulgação das notícias e também dos comentários e interpretações que delas são feitas. Ela não é mera “observadora” ou “repórter”; ela tem o poder de interferir nos acontecimentos.
O telenoticiário diário adquiriu o estatuto de uma peça política, cuja lógica é determinada pelas situações de cada veículo da mídia com o sistema político, financeiro e econômico do país ou região em que ele se encontra.
A notícia, como produto final, é uma síntese desse conjunto de relações, que ganharam ainda maior complexidade a partir de meados dos anos 80, com a formação das redes planetárias de comunicação e dos grandes conglomerados multinacionais.
A indústria da mídia na apenas se submeteu de forma cada vez mais intensa aos interesses do mercado mundial, no sentido estritamente econômico, como também ao jogos de poder que regulamentam esse próprio mercado.
“Os efeitos que o desenvolvimento da televisão produz no campo jornalístico e, por meio dele, em todos os outros campos de produção cultural são incomparavelmente mais importantes em sua intensidade e sua amplitude que aquele que o surgimento da literatura industrial, com a grande imprensa e o folhetim provocara...”
(PIERRE, Bourdeu - Sobre a Televisão, P.101)
Da mesma forma que o rádio, na década de 30 e 40, foi utilizado como forma de manipular a massa por líderes totalitários, a televisão tem sido utilizada para fins eleitoreiros e propaganda partidária.
Em 1989, durante as eleições presidenciais, dois candidatos se confrontaram no segundo turno, Fernando Collor representando a elite da direita e Luis Inácio da Silva da esquerda, representando a camada popular.
Era lógica, entre a elite e os partidos da direita, a preferência por Collor, e eles utilizaram a televisão para convencer o povo a votar nesse candidato.
A Rede Globo transmitiu em vários horários, dias antes da eleição, trechos do último debate entre os dois candidatos, onde Lula tivera pontos negativos, e trechos positivos e, afirmativas insistentes de Collor dizendo que Lula iria confiscar os bens do povo.
A televisão “construiu” Collor e o elegeu para presidente.
O imaginário construído pela mídia é composto por uma vasta rede de símbolos e signos de referencias culturais, sociais, políticas e artísticas que esquematizam a constituição de uma espécie de memória coletiva “globalizada” em um mundo cada vez mais “desterritorializado”.
A mídia cria diariamente a sua própria narrativa e a apresenta aos telespectadores como se essa narrativa fosse a própria história do mundo.
Os fatos, transformados em notícias, são descritos como eventos autônomos, completos em si mesmos.
Os telespectadores, embalados pelo “estado hipnótico” diante da tela de televisão, acreditam que aquilo que vêem é um mundo em estado natural. É o próprio mundo.
V – Os Noticiários na TV
É fundamental lembrar também que o noticiário pode ser vítima de restrições políticas. Durante a Guerra do Golfo, por exemplo, as informações sobre o conflito transmitidas para o Ocidente, eram filtradas pelo governo dos EUA.
Além disso, os interesses dos proprietários das redes de TV podem influenciar o conteúdo do noticiário, favorecendo, por exemplo, um candidato em época de eleições, ou um ponto de vista sobre determinado assunto.
VI – O Poder da Rede Globo
“SIM, EU USO O PODER”.
(Roberto Marinho)
A Rede Globo monopoliza a audiência em Rede Nacional, provando que a Comunicação a Mídia e o Poder estão juntos na manipulação da Opinião Pública Nacional.
A intensidade da interferência das instituições de comunicação social – imprensa, rádio e televisão – nos processos políticos-eleitorais é diretamente proporcional à intensidade da ameaça que os resultados daqueles processos possam representar ao êxito continuado dos seus negócios.
O relativo equilíbrio eleitoral que o jornalismo da TV Globo ostenta nas eleições desde 1989, por exemplo, não é obra individual dos seus jornalistas e sim decorrência do movimento geral da política brasileira em direção ao centro da figura ideológica.
Ela é paradigmática porque poucas instituições de comunicação no capitalismo estiveram sempre tão envolvidas com a política e, em especial com a política eleitoral.
Segundo comentários de Murilo César Ramos (jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília):
- “A Globo não quis eleições diretas no final da Ditadura Militar (1985)”.
- “A Globo não quis Lula em 1989, optando por Fernando Collor de Mello”.
- “A Globo escolheu com ressalvas em 2002 a candidatura Lula”.
- “A Globo considerou na segunda candidatura de Lula em 2006, o candidato Geraldo Alckmin mais seguro porque era mais elitista”.
Roberto Marinho,, que foi presidente das Organizações Globo (reúne todas as formas de mídia possíveis) é um exemplo de que aqueles que detém os veículos de comunicação são tão influentes quanto os homens que ocupam o poder no Executivo, Legislativo e judiciário.
A TV Globo possui em sua história de 40anos, exemplos de influência e controle ideológico, como no apoio à Ditadura Militar, quando ignorou enquanto pode as manifestações das “Diretas Já”, e na eleição e no “impeachment” do ex-presidente Collor, dentre outros.
VII – Conclusão
“A comunicação é uma manifestação autônoma de poder, embora não constitucionalizada. Ninguém haverá de influenciar o comportamento de outrem sem passar pela Esfera da Comunicação”.
(Micaenio Chaves da Costa, jornalista).
A Dialética de Marx:
“O Poder volta a se manifestar na capacidade de influenciar o comportamento dos outros, sem a necessidade de se obrigar”.
“O instrumento da argumentação e da comunicação serve ao poder. Comunicar-se bem é poder mais”.
O ideal seria impor-se a consciência de que a luta pela democratização dos meios de comunicação de massa, principalmente rádio e TV, é um componente indispensável da luta por uma sociedade mais justa.
A mídia deveria cumprir uma função social da maior relevância, como instrumento de informação cultural, debate e crítica em consonância com os legítimos interesses da nação.
I - Conceituação de Poder
“Por poder entende-se cada oportunidade ou possibilidade existente numa relação social que permite a um indivíduo cumprir a sua própria vontade”.
(Max Webber, Conceitos Básicos de Sociologia).
Poder é a maior ou menor capacidade unilateral ou potencial de produzir mudanças significativas, tipicamente sobre a vida de outras pessoas, através de ações realizadas pelo próprio ou através de terceiros.
II – O Poder e a Comunicação
O poder através da comunicação de massa é utilizado pelas classes dominantes e Estados como aparelhos ideológicos.
Até a década de 80 a comunicação servia aos governos UTILITÀRIOS.
O rádio e a televisão, ou omitiam notícias devido à censura, ou aliando-se aos governos totalitários transmitiam as notícias que esses governos desejavam transmitir.
Após 1980, acontecimentos políticos determinaram uma mudança na mídia:
- No mundo, a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética significam que se extinguia o último regime antidemocrático.
- No Brasil, ocorre o fim do regime militar, e o governo passa para as mãos dos civis.
Essas mudanças levaram a mídia a um novo posicionamento: A comunicação dentro de uma perspectiva democrática.
Entretanto essa perspectiva democrática da mídia deixa dúvidas.
Hoje existem diferentes mídias devido a concentração de capital e economia. Assim são formados os grandes conglomerados de comunicação dirigidas pelo poder do dinheiro. Um exemplo é a “Rede Globo”. As mídias hoje também servem aos governos para garantir a sua sustentabilidade.
A contradição sobre a democratização da mídia se centraliza na seguinte situação:
Hoje há uma grande acessibilidade às mídias, providenciado pelo capitalismo, principalmente o acesso em massa à televisão e ao rádio. Entretanto, esse acesso é controlado por Agências Reguladoras do Estado e das próprias empresas que o possuem.
Embora a comunicação tenha se democratizado, nas últimas décadas, (perspectiva neoliberal de democracia), possibilitando observar criticamente os governos, a troca de saberes e entretenimento, ainda existe a possibilidade de controle, que aniquila a proposta democrática e continua transmitindo conteúdos ideológicos.
As pessoas são transformadas em simples receptores de mensagens procedentes as força dominante.
Exemplo:
- No Brasil, na época da ditadura militar, o direito à informação era cerceado pela repressão.
- No Brasil, após a redemocratização, o cerceamento é praticado pela força do dinheiro.
Essa situação é citada no Livro de Comunicação e Poder de Pedrinho Guareschi:
“Escravos na Era da Liberdade”
“Tremiam no túmulo os ossos da Princesa Isabel, Simon Bolívar e outros grandes Libertadores de Escravos. Estes abolidores jamais imaginavam a possibilidade de uma escravidão mental, na qual toda a massa seria inconscientemente manipulada”.
III – O Papel do Rádio no Pensamento Político
Antes do aparecimento da televisão, o rádio cumpria a função de propagar ideais políticos de líderes autoritários que buscavam reforças sua imagem através dessa mídia.
Assim temos, nas décadas de 30 e 40 no Brasil, o rádio servindo aos propósitos populistas do presidente Getulio Vargas. Seus discursos reuniam em volta do aparelho milhões de brasileiros, que com a programação voltada a atender os interesses do governo faziam propaganda política e apresentavam uma imagem construída do líder populista.
A Voz do Brasil, programa de caráter nacional criada por Getulio Vargas é uma prova da utilização política do rádio.E, sendo um instrumento de massa, atingia seus propósitos.
No mundo ocorria o mesmo. Através do rádio, Hitler discursava e convencia o povo sobre seus “ideais humanísticos e democráticos”. Através dos meios de comunicação, entre outros meios, Hitler convenceu o povo alemão a se unir e a lutar pela superioridade alemã. Na realidade, havia um setor de propaganda cuja finalidade era reproduzir, principalmente através do rádio, a imagem positiva do governante nazista.
E, dessa forma o rádio foi utilizado pelos grandes líderes: Hitler, Mussolini, Getulio Vargas, Lênin, Stalin, e outros que utilizaram a mídia como forma de manipulação da massa.
IV – A Televisão, Outra Forma de Contaminar a Cultura.
A televisão é um pólo ativo do processo de seleção e divulgação das notícias e também dos comentários e interpretações que delas são feitas. Ela não é mera “observadora” ou “repórter”; ela tem o poder de interferir nos acontecimentos.
O telenoticiário diário adquiriu o estatuto de uma peça política, cuja lógica é determinada pelas situações de cada veículo da mídia com o sistema político, financeiro e econômico do país ou região em que ele se encontra.
A notícia, como produto final, é uma síntese desse conjunto de relações, que ganharam ainda maior complexidade a partir de meados dos anos 80, com a formação das redes planetárias de comunicação e dos grandes conglomerados multinacionais.
A indústria da mídia na apenas se submeteu de forma cada vez mais intensa aos interesses do mercado mundial, no sentido estritamente econômico, como também ao jogos de poder que regulamentam esse próprio mercado.
“Os efeitos que o desenvolvimento da televisão produz no campo jornalístico e, por meio dele, em todos os outros campos de produção cultural são incomparavelmente mais importantes em sua intensidade e sua amplitude que aquele que o surgimento da literatura industrial, com a grande imprensa e o folhetim provocara...”
(PIERRE, Bourdeu - Sobre a Televisão, P.101)
Da mesma forma que o rádio, na década de 30 e 40, foi utilizado como forma de manipular a massa por líderes totalitários, a televisão tem sido utilizada para fins eleitoreiros e propaganda partidária.
Em 1989, durante as eleições presidenciais, dois candidatos se confrontaram no segundo turno, Fernando Collor representando a elite da direita e Luis Inácio da Silva da esquerda, representando a camada popular.
Era lógica, entre a elite e os partidos da direita, a preferência por Collor, e eles utilizaram a televisão para convencer o povo a votar nesse candidato.
A Rede Globo transmitiu em vários horários, dias antes da eleição, trechos do último debate entre os dois candidatos, onde Lula tivera pontos negativos, e trechos positivos e, afirmativas insistentes de Collor dizendo que Lula iria confiscar os bens do povo.
A televisão “construiu” Collor e o elegeu para presidente.
O imaginário construído pela mídia é composto por uma vasta rede de símbolos e signos de referencias culturais, sociais, políticas e artísticas que esquematizam a constituição de uma espécie de memória coletiva “globalizada” em um mundo cada vez mais “desterritorializado”.
A mídia cria diariamente a sua própria narrativa e a apresenta aos telespectadores como se essa narrativa fosse a própria história do mundo.
Os fatos, transformados em notícias, são descritos como eventos autônomos, completos em si mesmos.
Os telespectadores, embalados pelo “estado hipnótico” diante da tela de televisão, acreditam que aquilo que vêem é um mundo em estado natural. É o próprio mundo.
V – Os Noticiários na TV
É fundamental lembrar também que o noticiário pode ser vítima de restrições políticas. Durante a Guerra do Golfo, por exemplo, as informações sobre o conflito transmitidas para o Ocidente, eram filtradas pelo governo dos EUA.
Além disso, os interesses dos proprietários das redes de TV podem influenciar o conteúdo do noticiário, favorecendo, por exemplo, um candidato em época de eleições, ou um ponto de vista sobre determinado assunto.
VI – O Poder da Rede Globo
“SIM, EU USO O PODER”.
(Roberto Marinho)
A Rede Globo monopoliza a audiência em Rede Nacional, provando que a Comunicação a Mídia e o Poder estão juntos na manipulação da Opinião Pública Nacional.
A intensidade da interferência das instituições de comunicação social – imprensa, rádio e televisão – nos processos políticos-eleitorais é diretamente proporcional à intensidade da ameaça que os resultados daqueles processos possam representar ao êxito continuado dos seus negócios.
O relativo equilíbrio eleitoral que o jornalismo da TV Globo ostenta nas eleições desde 1989, por exemplo, não é obra individual dos seus jornalistas e sim decorrência do movimento geral da política brasileira em direção ao centro da figura ideológica.
Ela é paradigmática porque poucas instituições de comunicação no capitalismo estiveram sempre tão envolvidas com a política e, em especial com a política eleitoral.
Segundo comentários de Murilo César Ramos (jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília):
- “A Globo não quis eleições diretas no final da Ditadura Militar (1985)”.
- “A Globo não quis Lula em 1989, optando por Fernando Collor de Mello”.
- “A Globo escolheu com ressalvas em 2002 a candidatura Lula”.
- “A Globo considerou na segunda candidatura de Lula em 2006, o candidato Geraldo Alckmin mais seguro porque era mais elitista”.
Roberto Marinho,, que foi presidente das Organizações Globo (reúne todas as formas de mídia possíveis) é um exemplo de que aqueles que detém os veículos de comunicação são tão influentes quanto os homens que ocupam o poder no Executivo, Legislativo e judiciário.
A TV Globo possui em sua história de 40anos, exemplos de influência e controle ideológico, como no apoio à Ditadura Militar, quando ignorou enquanto pode as manifestações das “Diretas Já”, e na eleição e no “impeachment” do ex-presidente Collor, dentre outros.
VII – Conclusão
“A comunicação é uma manifestação autônoma de poder, embora não constitucionalizada. Ninguém haverá de influenciar o comportamento de outrem sem passar pela Esfera da Comunicação”.
(Micaenio Chaves da Costa, jornalista).
A Dialética de Marx:
“O Poder volta a se manifestar na capacidade de influenciar o comportamento dos outros, sem a necessidade de se obrigar”.
“O instrumento da argumentação e da comunicação serve ao poder. Comunicar-se bem é poder mais”.
O ideal seria impor-se a consciência de que a luta pela democratização dos meios de comunicação de massa, principalmente rádio e TV, é um componente indispensável da luta por uma sociedade mais justa.
A mídia deveria cumprir uma função social da maior relevância, como instrumento de informação cultural, debate e crítica em consonância com os legítimos interesses da nação.